Sugestão de adubação após estresse hídrico

Em razão do estresse provocado pela escassez de chuva, o número de grãos por planta já está limitado, seja pelo aborto de vagem ou aborto de grãos. Sendo assim, o aumento do número de vagens e grãos por planta será inviável, então o objetivo passa a ser auxiliar a planta no processo de aumento do peso de mil sementes, o PMS, que é a única variável que pode ser influenciada a partir do cenário atual.

A indicação do Rogério, é que seja aplicado MAP Purificado + Magnésio + Boro. O fósforo, presente no MAP purificado, está diretamente relacionado com o metabolismo da planta. Uma grande quantidade de fósforo inorgânico é demandada na transformação de ADP em ATP e, além da quantidade, o nutriente precisa estar presente no tecido foliar da planta, sendo assim, quanto maior o número de aplicações de MAP na planta, maior a presença do fósforo inorgânico e, consequentemente, mais facilmente a planta transformará ADP em ATP.

O ATP é a principal moeda energética da planta, então tendo a presença constante de ATP, mais rapidamente a planta sairá do estágio de estresse. Em resumo, o fósforo inorgânico estimula a planta a produzir ATP e, quanto maior a presença dessa molécula dentro da planta, mais rápido o período de estresse será superado.

Simultaneamente, o sulfato de magnésio desempenhará a função de transferir os nutrientes das folhas do caule para o grão e o boro agirá diretamente no tubo polínico, que definirá polinização e pegamento de flor. Aplicações de TMAP de 1kg a 1,5kg, 2kg de Boro e 300 gramas de sulfato de magnésio por hectare é o que Rogério recomenda para no período de estresse. O período logo após chuva apresenta umidade no solo, e a aplicação do fósforo, magnésio, boro aceleram, e muito, a recuperação da planta após período de estresse, e, quanto antes a planta voltar ao funcionamento metabólico normal, mais tempo disponível ela terá para encher seus grãos.